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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Chegada

 Que bons ventos o trazem?
Que bons ventos me trazem?
Me trazem, o trazem.
Ultrage!
Que ventos?

segunda-feira, 5 de março de 2012

A condessa de Sangue

Caríssimos, tenho o prazer de vos apresentar Elizabeth Bathory , uma condessa da Hungria que ficou conhecida por uma serie de crimes hediondos em nome da beleza, de sua própria beleza. Acusada de tortura e assassinato, acreditava que ao banhar-se no sangue de jovens moças virgens manteria sua beleza eternamente. Juntamente com seu marido conde Ferenc Nádasdy, torturava os empregados, usando os mais diversos tipos de crueldade e sadismo. Nasceu em uma província húngara no dia 07 de agosto de 1560 e morreu no dia 21 de agosto de 1614. ATORMENTADAMENTE ENCANTADORA, concordam?! (;
“Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue humano. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocado um prisioneiro nesta gaiola e um guarda espetava e atiçava o prisioneiro com uma lança comprida. Este se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.” (wikipedia.org)

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Linha tênue

Mora em mim a devassa
que devora por prazer
que seduz com os olhos, boca, balanço

Mora em mim a casta
que teme e adora o pecado
que deseja em silencio seu próprio martírio

A devassa, a libertina
que anda nua pela casa com as janelas abertas

A beata, a casta
que chora quieta, que honra seu véu

Linha em que eu vario
Fraca e volúvel como minha própria essência

A única coisa concreta entre ambas são as palavras do poeta
”cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.”

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Breu




É no escuro que se vê o que a luz esconde...
E esconde por medo de torna-lo (o escuro) tão encantador quanto ela própria.
Ao contrário do que se acredita, não são as coisas feitas "as claras" que são boas
O iluminado da-nos a oportunidade de fingir...expressões, confissões, sentimentos
E no escuro...
No escuro é só você contra você mesmo...fantasias, equívocos, dúvidas...
Tudo se une e explode no breu
E você se liberta do medo, do medo de que os outros vejam apenas ou tudo o que você é.
Se não o faz, torna-se obsoleto, nictofóbico, desinteressante.
O fascinio que a falta de luz proporciona é viciante, aquela sensação de não saber o que te espera, o frio na barriga, o grito abafado pelo negro.
Liberte-se!
Medo do escuro é para humanos
!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Capitu


Com a licença de Machado de Assis.......


Ela não pode ser dominada

Anjo ou demônio não sei dizer


Só sei que aqueles olhos...

Ah! Aqueles olhos

tragam-me, despem-me, matam-me


Aquele olhar que de tão sóbrio deixa louco

Aquela boca em devaneios por tão pouco


A mulher dança em seu vulgar celestial

Exala o cheiro que só remete ao bom do mal


E quando pensas que acabou

E que ela está domada...


Cá estou eu com o olhar

da cigana oblíqua e dissimulada.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vênus e Adônis


Em dia que não se sabe quando. O mar revolto, embrulhado em mantas de retalhos de vidas ceifadas, aproximou-se da costa.

Das areias brancas imaculadas, salteada de pequenas conchas de formas jamais vistas. Trazia na sua espuma um novo ser.

Eu. A tua Vénus.

Nascida da alva espuma do mar fecundada pelo Céu. Recolhida e protegida numa concha de madrepérola que me aproximou do teu ser.


Não sabia naquela altura, como não o sei agora, o que me aproximou de Marte. Vermelho de fogo/paixão.

Quente. Amei-o. De corpo e desejo. Paixão alucinada revestida de tantos corpos incendiados de todas as chamas do Universo.
E amei. A ti.

Roubaste-me o coração, alma, corpo, vida.

Oh, Céus, como te amei, Adónis.Por ti, abandonei o Olimpo, esqueci deuses, esqueci quem era.

Voei na tua direcção, entrelaçámos as mãos e abraçámo-nos na busca do nosso Universo.

Aquele que ficava para além de nós e do mundo. Acima dos deuses e suas convenções.

Fomos corpos enrolados nas nuvens. Perdidos num tempo sem tempo. Num espaço vazio de tudo e cheio de nós.


Foste mãos que me percorreram cabelos, rosto, seios, pernas.

Foste chama que me penetrou e me deixou prostrada. Em doce letargia. Força que me derrubou do Olimpo e me amparou nos seus braços.

Fui pele, suor e sangue. Que te invadiu e te fez meu.

Corri em ti. Em mim.

Corpos unidos num só.

Fui boca, língua, desejos de um ser e não ser.
Até um dia.Perdi-te no abismo do ciúme.

Às mãos de Marte.

Hoje, procuro-te nas ondas do mar. Busco-te nas profundezas de oceanos. Sorrio-te nas manhãs de sol.Envio-te beijos pelas estrelas.Abraço a lua na esperança que ela me leve a ti.Peço aos rios que te saciem a sede.Sussurro ao vento que não te deixe esquecer o meu rosto.

Beijo a imagem de ti.

Boca. Corpo.

Eu, Vénus. Tu, Adónis.


Nós, Amor.

Eterna


Aos poucos o crepúsculo invadiu o recinto
Levando consigo os ultimos raios de luz.

Da escuridão levantou-se então a criatura
Com seus olhos dourados aproximou-se de mim mantendo-me paralisada

Aos poucos acarinha meu rosto com o seu, fazendo com que eu sinta seu hálito doce e inebriante tornarem meus sentidos dormentes.

Depois, roça seus lábios gélidos em meu pescoço mostrando suas presas longas e alvas.


Nesse momento fecho os olhos e sinto......


a dor, o sangue, O PRAZER, e por fim......



...A Eternidade